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Eleitores argentinos no Brasil votam por defesa da democracia

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O Consulado Geral Argentino em São Paulo registrava movimentação bastante tranquila na manhã deste domingo (19), dia do segundo turno das eleições presidenciais do país vizinho. Ao contrário do registrado no primeiro turno, em outubro, não havia filas para ingressar no prédio. Em uma roda de conversa informal formada em frente ao local de votação, na avenida Paulista, argentinos residentes no Brasil debatiam sobre o novo governo.

São cerca de 23 mil cidadãos do país habilitados a votar no Brasil, na embaixada e nos dez consulados. Na capital paulista, os eleitores ouvidos pela reportagem disseram esperar que o próximo presidente argentino defenda e democracia e a civilidade em seu mandato.

“O importante é que a democracia ganhe a eleição. A Argentina está passando uma situação muito difícil, como a que a gente passou aqui no Brasil. Esperemos que triunfe a democracia, a dignidade e a civilização se imponham frente à barbárie”, disse o psicólogo argentino Hernán Siculer, que vive no Brasil há 22 anos.

Ele ressaltou que tem a expectativa que o novo governo fortaleça o estado e serviços públicos, como a saúde e a educação. “Que o estado argentino preserve a educação pública, preserve a saúde pública, e os direitos que foram sendo adquiridos nas décadas de 2000 e 2010 e que a partir do governo de [Mauricio] Macri foram se perdendo”, acrescentou.

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Os dois candidatos à presidência da República argentina são Sergio Massa, atual ministro da Economia, e o ultradireitista Javier Milei. Ambos travam uma disputa acirrada em uma eleição que ocorre em um cenário de crise econômica, com inflação de 142,7% em 12 meses.

A professora argentina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), residente no Brasil há 36 anos, Graciela Foglia, concorda que a economia argentina não vai bem e que uma solução para a crise tem que ser encontrada pelo novo presidente. No entanto, ela diz temer uma interrupção dos 40 anos de democracia argentina.

“Espero que melhorem as coisas, que diminua a inflação, que se devolva um pouco a paz no caos em que se está vivendo na Argentina. Eu entendo que as pessoas estejam cansadas, bravas, porque a economia não funciona, mas está em jogo muito mais do que isso, não é?”.

Já o professor Adrian Fanjul disse não ter grandes expectativas sobre o novo governo, e que seu voto foi no sentido de evitar que o fascismo tome o poder na Argentina. “O que seria bom para mim infelizmente nenhum dos candidatos vai fazer. O que deveria se fazer é romper com o Fundo Monetário Internacional e promover uma política de desenvolvimento. Infelizmente acho que nenhum dos candidatos vai fazer isso”, ressaltou.

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Julia Lupine é brasileira, mas por ser filha de argentinos tem direito ao voto. É a segunda vez que vota nas eleições argentinas. Na embaixada da Argentina, em Brasília, ela se mostrou apreensiva pela possibilidade de uma vitória da extrema direita, representada por Milei.

Para ela, a situação vivida pelo país vizinho atualmente se assemelha ao cenário eleitoral do Brasil em 2018, quando Jair Bolsonaro surgiu como nome da extrema direita e saiu vitorioso. “É difícil [a situação na argentina], porque a gente passou algo semelhante no Brasil. Estou com medo que a extrema direita vença. E acho que seria muito ruim para os direitos [da população]”.

*Colaborou Joédson Alves, repórter fotográfico da Agência Brasil

Fonte: EBC Política Nacional

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Lula desembarca em Berlim e defende “parceria estratégica” com alemães

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Lula chegou em Berlim
Ricardo Stuckert/Presidência da República

Lula chegou em Berlim


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a Berlim, Alemanha, neste domingo (3), após sua participação na COP 28 em Dubai. A visita tem como objetivo estabelecer novos passos na relação entre Brasil e Alemanha, retomando o diálogo que, segundo o petista, havia sido abandonado em governos anteriores.

“Retomando o diálogo com os alemães que tinha sido abandonado em governos anteriores, uma das maiores e mais avançadas economias do mundo”, destacou o presidente brasileiro.

Durante sua estadia na Alemanha, Lula terá uma série de agendas até terça-feira (5), visando definir parcerias e cooperações em áreas estratégicas, como energia, indústria, combate às fake news e transição ecológica. O petista ressaltou a importância de reforçar a parceria estratégica entre o Brasil e a Alemanha.

Em termos comerciais, o intercâmbio entre Brasil e Alemanha movimentou US$ 19 bilhões em 2022, consolidando os alemães como o quarto maior parceiro comercial do Brasil globalmente e o primeiro na Europa.

Na agenda para segunda-feira (4), Lula participará de uma reunião entre ministros da Alemanha e do Brasil, com a expectativa de assinatura de acordos em áreas cruciais como meio ambiente, agricultura e ciência.

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Além disso, o presidente terá um encontro com o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e participará de um fórum empresarial com representantes dos dois países.


Lula iniciou sua estadia em Berlim com um jantar ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, onde expressou seu interesse em atrair investimentos alemães para o Brasil.

“Faz muito tempo que a Alemanha não investe na América do Sul. […] Precisa se voltar para o Brasil. Sobretudo neste momento que o Brasil está trabalhando a questão da energia limpa, de renovação, transição energética, Amazônia, biodiversidade. Brasil é a bola da vez. É só investir”, declarou.

Fonte: Nacional

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