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O podcast relata a vida dos jogadores que possuem origem africana, migraram para os países europeus e hoje figuram nas melhores seleções do mundo

Ubuntu Esporte Clube aborda a trajetória de algumas estrelas da Eurocopa e a força da figura desses homens negros dentro e fora de campo

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HB/CANON/T7/2021/MT/BRASIL

Para fugir de guerras ou da pobreza, começou um grande processo de imigração de pessoas do continente africano para países europeus. Lá, essas famílias conseguiram emprego e os jovens encontraram projetos que possibilitaram a eles terem mais oportunidades no esporte. O podcast Ubuntu Esporte Clube analisa o desempenho de quatro desses jogadores que irão disputar a Eurocopa, marcada para começar no dia 11 de junho de 2021.

N’Golo Kanté | França

Na última Copa do Mundo, mais da metade da seleção francesa considerada titular era de origem africana. Entre eles estava a atual estrela do futebol, N’Golo Kanté.

Os pais do volante são oriundos de Mali (África Ocidental). A família chegou ao país europeu em busca de uma qualidade de vida melhor, mas encontrou muita dificuldade. O seu pai faleceu quando ele tinha apenas 11 anos. Kanté passou a recolher lixo nas ruas para ajudar nas despesas de casa. Mesmo em meio a um drama familiar, ele acreditou fielmente no seu potencial no futebol.

N’Golo Kanté começou na terceira divisão francesa, foi ganhando destaque por sua postura incansável dentro de campo, chegou ao Boulogne na primeira divisão da Ligue 1, até ser contratado pelo Leicester para jogar a Premier League.

Na Inglaterra, o jogador viveu a sua ascensão quando deu o primeiro título da Liga Inglesa ao Leicester, sendo um dos melhores do time. Logo após se transferiu para o Chelsea, onde foi campeão inglês novamente, da Europa League e da Champions League. Na seleção francesa, o jogador foi campeão da Copa do Mundo de 2018.

Além de sua história de superação, Kanté é a representação do futebol moderno. A quantidade de títulos não é coincidência, ele concentra as principais ações defensivas da equipe e, quando recupera a bola, é rápido ao fazer a ligação com o ataque. O jogador é o grande trunfo da França para essa Eurocopa.

Memphis Depay | Holanda

Memphis poderia ter sido um renomado cantor, mas escolheu as quatro linhas. Após ter sido abandonado pelo pai, o pequeno rapper participava de alguns eventos para ajudar no sustento da casa. Por mais dolorosas que sejam as raízes, ficou conhecido justamente como Memphis Depay, o sobrenome paterno. Mas na camisa, optou por usar apenas o primeiro nome.

A mãe chegou a casar com outro homem, porém, há relatos de que o novo companheiro não assumiu o posto em aberto, então a grande referência masculina foi seu avô. Os filhos do padrasto, inclusive, não teriam facilitado as coisas para ele. Seja pelas diferenças, seja por ciúme.

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Com nove anos, chegou ao Sparta Rotterdam. Diferentes dos colegas, ele morava longe, logo, tinha de assumir certas responsabilidades. Quando começou a despontar, com quase 12 anos, recebeu propostas de times badalados, mas, aconselhado pelo técnico, seguiu para o PSV, nada de holofotes. Ainda mais distante de casa, perdeu o avô na sequência, as feridas só aumentavam. Com apoio do clube, conseguiu focar no trabalho e estendia por conta própria os treinos, a fim de se aperfeiçoar nas cobranças de faltas, dribles, e para tentar se transformar em um jogador muito veloz.

Criado na selva, mesmo diante de tantas dificuldades, Memphis continuou de pé, como um leão. O mesmo leão que cobre as costas do atacante. Na pele, ele vai registrando os capítulos de sua história. Em solo brasileiro, ainda aos 20 anos, marcou o primeiro gol pela Holanda. Cartão postal mais conhecido por aqui, o Cristo Redentor não só virou tatuagem, como também seria uma das preferidas. A Copa de 2014 ajudou a alavancar a carreira do holandes, que desembarcou em Manchester logo em seguida.

A passagem pelo United não foi das melhores, mas recuperou o bom futebol no Lyon, disputando a semifinal da Champions 2019/20, após deixar para trás a Juventus de Cristiano Ronaldo e o Manchester City. Na atual temporada, foi o artilheiro do clube francês, com 20 gols. Com todo respeito ao Lyon, Memphis irá além.

Os três jogos da fase de grupos serão em casa, Amsterdã, não faltará motivação para o atacante, que conta, por exemplo, com o fino Wijnaldum. A dupla já mostrou as caras no amistoso de quarta-feira, dia 02, Gini deu assistência para um dos gols marcados por Memphis, que mostrou poder de reação mesmo com a vice-campeã da Nations League atrás no placar duas vezes.

Raheem Sterling | Inglaterra

Sterling nasceu na Jamaica, onde a família levava uma vida dura. Seu pai foi assassinado quando ele tinha apenas dois anos. Diante do ocorrido, a sua mãe se mudou para a Inglaterra para conseguir sustentar a família, enquanto ele foi criado pela avó. Quando tinha cinco anos, a mãe voltou para buscá-lo e o jogador também foi para o Reino Unido.

O jogador sempre demonstrou muito potencial, mesmo com a rotina difícil, tendo que pegar três ônibus para chegar ao treino. Ele persistiu no sonho, recebeu proposta do Arsenal, mas rejeitou porque queria um clube em que pudesse ter mais destaque, então acertou com o Queens Park Rangers. A escolha foi certeira e Sterling ganhou a atenção de mais clubes.

Chegou ao Liverpool já com status de craque, foi um dos grandes responsáveis pela boa campanha dos Reds em 2014 na Premier League, onde o time deixou escapar o título nas rodadas finais. Raheem acertou com o Manchester City logo depois, sendo um dos principais protagonistas do time na era Guardiola.

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Sterling é um ala rápido e habilidoso, tem as arrancadas como sua característica, é difícil para a zaga adversária acompanhar o jogador. É o camisa 10 da seleção da Inglaterra, que aposta nele como a válvula de escape do time. Apesar de não ter uma finalização tão boa, é capaz de criar boas jogadas ofensivas.

Romelu Lukaku | Bélgica

Nascido e criado na Bélgica, Lukaku sempre quis ser o melhor jogador de futebol do seu país. É incontestável que o centroavante está no caminho certo e segue escrevendo, com maestria, seu nome na história. Atingiu até o posto de maior artilheiro da seleção. No entanto, vestir a camisa belga e entregar o melhor futebol possível talvez não seja o suficiente para conquistar o devido reconhecimento.

Após sagrar-se campeão com a Internazionale, levando o clube a sentir esse gostinho 11 anos depois, ele chega com moral nesta Eurocopa. Anotou 30 gols na temporada, sendo 24 deles, sem mencionar as 12 assistências, pelo Campeonato Italiano. Os números renderam a ele o prêmio de melhor jogador da competição. Neste momento, é o Romelu Lukaku belga, convém tê-lo na equipe. Porém, a cada deslize essa nacionalidade é questionada, e fazem questão de gritar sua descendência congolesa.

Forte. Explosivo. Potente. Características que foram pautadas por sofrimento. Ele conta que ainda pequeno tentava rasgar a bola a cada chute, depositando toda a raiva pelos ratos que apareciam em casa, por não poder assistir à Liga dos Campeões, Copa do Mundo. Em diversos momentos, pão e leite no almoço, com água para render, era tudo que a família tinha para colocar na mesa. Como manter o luxo de uma tv a cabo, uma vez que nem a conta de luz é paga pontualmente? No escuro, a família rezava. Se para as crianças era brincadeira, para Romelu significava cumprir a promessa feita ao avô, de cuidar da mãe. O salário do pai, um jogador no fim da carreira, não era suficiente. Foi dele que os irmãos herdaram o talento pelo futebol.

No topo do ranking da FIFA, a Bélgica chega como uma das favoritas, mas, mesmo que não leve o inédito título, um asterisco não deve voltar a acompanhar o nome de Lukaku. Nem o de Axel Witsel, muito menos o de Jason Denayer e Youri Tielemans, por exemplo.

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Palmeiras vence o Vitória com time misto na estreia do Brasileirão

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O Palmeiras estreou com o pé direito no Campeonato Brasileiro ao vencer o Vitória por 1 a 0, em uma partida disputada no Barradão, em Salvador (BA), neste domingo (14.04).

O gol da vitória do Verdão foi marcado por Richard Ríos, em um jogo no qual o técnico Abel Ferreira optou por uma equipe alternativa.

Para o confronto, o técnico palmeirense poupou alguns jogadores titulares, como Aníbal Moreno e Gustavo Gómez, e não pôde contar com Zé Rafael, que trata de uma virose e lombalgia. Os jogadores Piquerez e Flaco começaram no banco de reservas.

Com essa vitória, o Palmeiras conquistou seus primeiros três pontos e ocupa a sétima colocação na tabela, enquanto o Vitória fica na penúltima posição, ainda zerado. O Alviverde terá seu próximo desafio na quarta-feira, contra o Internacional, na Arena Barueri, às 20 horas (de Brasília). Já o Vitória enfrentará o Cuiabá na Arena Pantanal, em data e horário a serem definidos pela CBF.

Durante a partida, o Palmeiras teve boas oportunidades de ampliar o placar. Aos 24 minutos, Lázaro cruzou para Murilo, que cabeceou com perigo, mas o goleiro Lucas Arcanjo fez a defesa. Rony também teve chances de marcar, mas não conseguiu concluir as jogadas com sucesso. No final da partida, o Verdão pressionou em busca de um segundo gol, com tentativas de Luis Guilherme, Gabriel Menino e Rony, mas sem sucesso em balançar as redes novamente.

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O gol de Richard Ríos foi decisivo para garantir a vitória do Palmeiras na estreia do Brasileirão, demonstrando eficiência e solidez da equipe alternativa montada por Abel Ferreira. A expectativa é de que o Alviverde mantenha o bom desempenho e conquiste mais vitórias ao longo da competição nacional.

FICHA TÉCNICA

VITÓRIA 0 X 1 PALMEIRAS

Local: Barradão, em Salvador
Data: 14/04/2024
Horário: às 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Braulio da Silva Machado (Fifa-SC)
Assistentes: Alex dos Santos (SC) e Thiaggo Americano Labes (SC)
VAR: Rodolpho Toski Marques (Fifa-PR)

Cartões amarelos: Alerrandro, Lucas Esteves e Camutanga (Vitória); Richard Ríos, Endrick, Gabriel Menino, Mayke e Flaco López (Palmeiras)

GOL
PALMEIRAS: Richard Ríos (aos 19 minutos do 1°T)

VITÓRIA: Lucas Arcanjo; Zeca, Camutanga, Wagner Leonardo e Lucas Esteves (Zé Hugo); William Oliveira e Rodrigo Andrade (Jean Mota); Osvaldo (Iury Castilho), Matheusinho e Dudu (Mateus Gonçalves); Alerrandro (Luiz Adriano). Técnico: Léo Condé

PALMEIRAS: Weverton; Mayke, Luan, Murilo e Vanderlan; Richard Ríos (Flaco López), Gabriel Menino e Raphael Veiga (Fabinho); Estêvão (Luis Guilherme), Rony (Naves) e Endrick (Lázaro). Técnico: Abel Ferreira

Fonte: Esportes

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